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sexta-feira, 13 de abril de 2007

Tempo de Deus 2 - Lições do maremoto (para não perder o momento certo)


Texto base:
E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
Marcos 4: 35-41


Introdução
Todos nós vimos pela televisão aquele maremoto que devastou o continente asiático.
Isso nos leva a pensar que temos que estar preparados para as tempestades da vida, porque elas virão. A Bíblia nos dá uma grande lição de como devemos agir nestas ocasiões.
Não podemos deixar de agir no tempo de Deus, não podemos deixar para depois as saídas que Deus dá para os nossos problemas.

Reflita:
Quando você pensa no “tempo de Deus”, pensa nele como
sendo mais
rápido ou mais devagar do que você gostaria?

Um dos erros mais comuns é a precipitação. Nossa ansiedade, angústia, aflição, sofrimento, faz com que muitas vezes nós tenhamos a tendência de não esperar as soluções vindas de Deus. Mas um problema igualmente importante é quando ocorre o oposto, Ou seja, em vez de tentarmos ser “mas rápidos” que Deus, acabamos sendo “mais lentos”. Isso acontece quando nós não reconhecemos a mão de Deus ou, principalmente, quando não aplicamos aquilo que já tínhamos condições de aplicar.

Jesus quer que passemos para outra margem

De que lado estamos no mar da vida? Do lado das tormentas, das angústias, das tempestades? Jesus quer que passemos para o outro lado.


Deus já nos colocou lá: Cl 1:13 – “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor”.
Jesus já nos mandou para lá: Mt 28:19 – “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”
Mas nossa travessia nem sempre será fácil. Muitas vezes o nosso barco começa a fazer água. Justamente quando estamos seguindo a vontade de Deus, buscando diligentemente seguí-lo, com o coração empenhado. Mesmo assim, o barco faz água.
Diante destas circunstâncias pelas quais todos passamos (“no mundo tereis aflições”) temos
Que prestar atenção em 3 LIÇÕES que esta passagem nos mostra:

PRIMEIRA LIÇÃO: Na tempestade, precisamos definir o lugar que Jesus ocupa em nossa vida

Vv 38 – Jesus estava na popa do barco dos discípulos.
A popa é a parte traseira. Em meio a esta tempestade, Jesus estava lá trás do barco. Jesus deve ocupar a proa do nosso barco, tomar a frente da nossa vida, ser prioridade

Mt 6: 33: Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça....
Mt 6:24: “Ninguém pode servir a dois senhores...
Ap 3: 16 e 17: Conheço tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosse frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.


SEGUNDA LIÇÃO: Na tempestade, não podemos nos esquecer do que sabemos sobre Deus” (fé racional)

Os mesmos discípulos que indagaram:
Vv 38 – Não te importa que pereçamos?
Já tinham ouvido de Jesus:
Mt 6:25: Por isso vos digo, não andeis ansiosos por coisa alguma...
Jesus já havia prometido cuidar dos discípulos, mas no meio da tempestade, eles se esqueceram... exatamente como nós fazemos.
Quando estamos enfrentando as tempestades da vida, não podemos esquecer de como é o nosso Deus.


TERCEIRA LIÇÃO: Na tempestade, precisamos ter coragem de por nossa fé à prova (fé emocional e espiritual)

O ponto central desta passagem é a reprimenda de Jesus:
Vv 40: - Porque sois assim tímidos? Porque não tendes fé?
Deus nos tira dos problemas, mas se aborrece quando, diante dos desafios, nós nos encolhemos. A palavra timidez vem do grego “deilói” = covardes.

• A covardia diante das tempestades não vem de Deus:
2tm 1:7 “Porque Deus não tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”
O amor direciona o poder, e a moderação o adequa.

• A covardia é algo que o inimigo tenta nos induzir:
Fp 1:28 “E que em nada estais intimidados pelos adversários

•Uma atitude covarde pode causar a nossa derrota
Ap 21:8 – Quanto porém aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte”.
A covardia encabeça a lista do que Jesus rejeita no homem.


Conclusão: Qual o pedido certo para se fazer a Deus em uma tempestade?
Os apóstolos decepcionaram Jesus. O mestre esperava que seus discípulos já tivessem aprendido alguma coisa. Quando pedimos o que já temos, desagradamos a Deus, porque isso demonstra falta de fé. Ou, muitas vezes, pedimos errado.

Tg 4:3 – Pedis e não recebeis porque pedis mal, para esbanjares em vossos prazeres

Devemos pedir a presença de Cristo (Jo 6:26), buscar as coisas do alto (Cl 3:1,2), ou seja
termos desprendimento para enfrentar as tempestades da vida com bravura, não com covardia.
Só podemos saber a hora certa de agir quando temos comunhão com Deus e o colocamos em primeiro lugar. É esta intimidade com o Senhor que nos dá equilíbrio entre intrepidez e longanimidade, coragem e paciência, prontidão e paz.

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